O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) responsabiliza o Governo pelo agravamento do surto de cólera no país, apontando a abertura das comportas das barragens de Laúca e Cambambe, em plena época chuvosa, como a principal causa da contaminação dos rios e subsequente propagação da doença.
Redacção
Segundo o líder sindical, Adriano Manuel, a medida terá contaminado os rios com dejectos humanos e de animais, levando milhares de famílias a consumir água imprópria.
“O ministro da Energia e Águas é o grande precursor da cólera em Angola”, acusou.
Angola já regista 10.565 casos e 398 mortes, com 143 novas infecções nas últimas 24 horas, afectando mais de vinte províncias, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde.
Apesar das críticas, admite-se que a abertura das comportas possa ter sido necessária para evitar riscos maiores nas infra-estruturas hidroeléctricas.