
Por: Santos Vilola, In Facebook
Era suposto serem “fraternos” do MPLA, por pertencerem à mesma família política de esquerda.
Mas o histórico de anos das relações político-partidárias mostram o contrário.
O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda sempre foram antagonistas do regime político do MPLA, em Angola. A CDU (PCP e os Verdes), também de esquerda, constitui a excepção. Os comunistas herdeiros de Álvaro Cunhal sempre deram-se bem com os comunistas angolanos.
A liderança de Mário Soares, com consórcio com filhos e amigos, personalizavam a rivalidade histórica contra o MPLA, ao tempo da guerra civil em Angola. João Soares entrava e saía da Jamba, bastião de Jonas Savimbi, quando pudesse.
No Bloco de Esqueda, não este o das irmãs Mortágua, era Fernando Rosas, Luís Fazenda e Francisco Louçã os “batedores” da ofensiva bélica contra o MPLA. Até, consorciados, escreveram “Os Donos de Portugal” sobre a riqueza de multi-milionários angolanos detentores de empresas estratégicas portuguesas cotadas na Bolsa de Valores lusa.
Hoje, acordaram todos arrasados por um partido de direita, o CHEGA, nas eleições legislativas antecipadas.
No PS, o secretário-geral “incumbente” foi historicamente humilhado. No Bloquistas, só restou uma Mortágua na Assembleia da República. Mário Soares e Álvaro Cunhal devem andar às voltas nas respectivas tumbas, zangados com o desempenho eleitoral inédito na luta democrática
Curiosamente, os governos do PSD, partido de direita, foram sempre mais simpáticos com o então regime de Luanda, de esquerda comunista.
As coisas mudam…
Por: Santos Vilola