
Maria Inês, da Agência Angola Press (Angop), e Etelvino Domingos, da Rádio Nacional de Angola(RNA), são os grandes vencedores do Prémio de Jornalismo promovido pelo Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade de Género.
Os vencedores – que receberam cada um milhão de kwanzas – foram distinguidos por realizarem matérias de abordagem profunda sobre questões sociais nas comunidades, tendo em consideração a igualdade de género e o desenvolvimento sustentável do país.
Jornalista há 50 anos, Maria Inês apelou à nova geração a ter maior entrega no trabalho, amor e solidariedade entre os colegas. “Na Angop, somos uma família, temos boas relações interpessoais, que além de saudáveis são produtivas”, disse a profissional, para quem “a comunicação eficaz desperta uma equipa mais motivada e engajada”.

No seu trabalho, Etelvino Domingos relatou histórias de duas mulheres que, apesar da deficiência física, a necessidade de sobrevivência impulsionou-as para o exercício das suas actividades.
“Chamou-me atenção, por uma perder a visão numa explosão de minas e a outra as pernas. Ainda assim, não se deixaram abalar pelas circunstâncias da vida. Uma delas, além de ser camponesa, terminou o ensino médio aos 52 anos”, contou.
Durante a cerimónia, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, destacou o papel dos jornalistas na informação para a cidadania, no sentido de informar com verdade.
Para Mário Oliveira, o país precisa de uma classe jornalística que trabalha com ética e que se dedica à busca de objectividade e precisão nas suas abordagens, ao contrário de muitos que publicam inverdades. “Este grupo, que nada contribui para o desenvolvimento das comunidades, deve ser afastado para que, futuramente, possamos ter informações mais credíveis”, defendeu o ministro, que felicitou os premiados.
JA