
A angolana Constância Adelina Gaspar foi nomeada, terça-feira, embaixadora da União Africana em Washington, Estados Unidos da América, depois de receber o “agreement” da actual Administração norte-americana.
O despacho assinado pelo presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, nomeia a embaixadora angolana, Constância Adelina Gaspar como Representante Permanente e Chefe da Missão da UA nos Estados Unidos da América, em Washington, D.C., com efeito a partir de 1 de Outubro de 2025.
A nomeação mereceu a reacção positiva da diplomacia nacional, por constituir uma conquista na colocação de quadros angolanos em lugares de destaque nas organizações internacionais.
Téte António afirmou, esta manhã, em Nova Iorque que recebeu a informação com enorme orgulho e satisfação por se constituir um marco significativo não apenas para Angola, mas para toda a lusofonia e para a representação africana no cenário global.
Para o chefe da diplomacia angolana, que se encontra na cidade norte-americana de Nova Iorque para participar da 80.ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU, esta nomeação reforça o papel da mulher africana como agente de transformação e liderança à escala mundial.
Percurso profissional
A embaixadora é uma jurista internacional altamente qualificada, com mais de 15 anos de experiência em direito internacional público, negociação de tratados e assessoria jurídica nos sistemas da União Africana (UA) e das Nações Unidas (ONU).
É amplamente reconhecida pela sua perspicácia jurídica, perícia diplomática e forte compromisso com a justiça, paz e o Estado de Direito em África.
Antes da sua nomeação como Embaixadora da UA nos Estados Unidos, foi Oficial Responsável da Missão de Observação Permanente da União Africana na ONU, em Nova Iorque, onde desempenhou funções de Oficial Jurídica Sénior na Missão da UA na ONU.
Liderou compromissos jurídicos de alto nível sobre prevenção do crime, contra terrorismo, governação internacional e representação jurídica de África na ONU, particularmente na 6ª Comissão* da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Além disso, reforçou significativamente a coordenação jurídica do Grupo Africano, garantindo uma posição unificada em questões jurídicas globais críticas.