Outubro 7, 2024

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, augurou, este sábado, que o Hospital dos Queimados, em construção no Distrito Urbano do Kilamba, município de Belas, em Luanda, venha a dar vazão à necessidade de atendimento aos pacientes no país, em particular na capital.

O Presidente referiu-se ao facto de Luanda poder contar, dentro de dois anos, com duas unidades sanitárias com essa especialidade, o que, no seu entender, a trabalharem em simultâneo, com certeza, darão resposta à situação. 

Lembrou que a outra unidade, há muito existente, beneficia neste momento de obras de reabilitação e ampliação, já em fase de finalização, uma vez que tinha espaço reduzido e poucas condições. 

Segundo o Presidente da República, a mesma deverá ser entregue nos próximos dias. 

“Infelizmente tem havido muitos sinistrados de incêdios domiciliares e não só, que atingem pessoas de todas as idades, até crianças, e isso preocupou-nos”, disse, sublinhando que o país não tem ainda uma capacidade que correspondesse ao número de casos surgidos, sobretudo em Luanda, que tem mais de dez milhões de habitantes. 

Quanto às demais províncias, João Lourenço explicou que poderão ter áreas, dentro dos hospitais gerais, para atendimento de casos de queimaduras. 

O Titular do Poder Executivo constatou este sábado as obras de construção do Hospital de Queimados do Kilamba, com capacidade para 248 camas, e no final mostrou-se crente que o empreiteiro vai respeitar o compromisso de entregar a mesma em Março de 2025, período acordado no contrato. 

Uma vez concluído, o mesmo vai proporcionar melhores cuidados de saúde à população. 

As obras, com 270 trabalhadores, entre nacionais e estrangeiros, tiveram início em Março de 2022, numa área de 48 mil metros quadrados, estando a sua execução física em 12,5 por cento. 

O projecto está orçado em 149 milhões de Euros e contempla quatro edifícios, com destaque para um principal, e outro auxiliar. Inclui uma estação de produção de oxigénio e outra de tratamento de águas. 

O edifício principal é composto por seis pisos, devendo acolher um espaço administrativo, consultas externas, bloco de emergências, fisioterapia, emagiologia, farmácia, serviço auxiliar, técnico, lavandaria, morgue e armazéns.  

O primeiro piso terá laboratório central, seis blocos operatórios, área de esterilização, de terapia respiratória, auditório para 244 pessoas, sala hiper bariátrica (relativo ao auxílio no transporte de oxigénio pelos vasos sanguíneos) e um centro de dados. 

Já para o segundo andar está prevista a instalação de equipamentos técnicos e refeitório. Os terceiro e quarto pisos, respectivamente, são destinados ao internamento, sendo um para adultos e outro para crianças (pediatria), enquanto nos pisos mais acima, cinco e seis, estará localizada a área técnica. 

Os seis andares estarão interligados por um túnel de serviço ao edifício auxiliar que alberga os serviços de Mecânica, Electricidade e Canalizações (MEC).  

O projecto, cujo progresso financeiro é de 8,67 por cento, contempla também um parque de estacionamento com capacidade para 364 viaturas. 

ANGOP

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