Outubro 7, 2024

O Museu e o Cemitério dos Reis do Kongo, na cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, estão entre os pontos turísticos que mais interesse despertam aos turistas nacionais e estrangeiros, tendo em conta o seu peso histórico e cultural.

A afirmação pertence a um grupo de 16 turistas estrangeiros e nacionais, entre os quais americanos, britânicos, portugueses e angolanos, que aproveitaram o feriado do Carnaval para visitar a região e conhecer as suas potencialidades.

A Ponta do Padrão, no município do Soyo, as grutas do Nzau Evua, a secular árvore “Yala Nkwo”, as ruínas do Kulumbimbi e  o Túmulo de Dona Mpolo, mãe do Rei Mvemba Nzinga, enterrada viva no século XVI pelo próprio filho, constam na lista dos pontos turísticos que despertaram a atenção dos visitantes.

A turista angolana Maria da Conceição Raposo referiu que, entre os sítios visitados, os locais que mais lhe chamaram atenção foram o Museu e o Cemitério dos Reis do Kongo, pelo peso da história que guardam e pela forma como é transmitida aos visitantes. 

“Não conhecia esta região, apesar de ser angolana, residente no Sul do país. Gostei imenso, estava muito curiosa para perceber as características destes sítios. Fomos muito bem recebidos, as pessoas são simpáticas e afáveis. Fiquei encantada com o Museu e o Cemitério dos antigos Reis do Kongo, locais bem resguardados. E o guia explicou muito bem a história deste povo e do antigo Reino do Kongo”.

Para Maria Raposo,  Mbanza Kongo constitui uma paragem obrigatória em termos de turismo histórico e cultural, pelo que aproveitou a ocasião para estender o convite a todo o angolano e não só a visitar esta terra.  

Fernando Castro Paiva, que visita a região pela segunda vez, afirmou que o papel histórico de Mbanza Kongo e o facto da província do Zaire ser o berço da colonização portuguesa constituem motivos suficientes para a visita de turistas e investigadores.

“O que mais me chama atenção é, fundamentalmente, o papel histórico da cidade de Mbanza Kongo, por ter sido antiga capital do Reino do Kongo e, por outro lado, foi nesta região onde começou a colonização portuguesa, a partir da foz do rio Zaire, em 1482, cujo valor histórico é inquestionável, daí ter sido elevada a Património Mundial da Humanidade pela Unesco, em 2017. Agora cabe a nós angolanos valorizarmos e promover a nossa história da melhor forma possível”, frisou.

O responsável da agência de viagens e turismo “ECOTOUR”, Paul Wesche, disse que as potencialidades histórica e cultural da cidade de Mbanza Kongo têm chamado a atenção de vários afro-americanos interessados em conhecer mais sobre as suas origens em África.

“Esta é a quarta vez que trouxemos turistas e pesquisadores a Mbanza Kongo, um sítio com muito interesse histórico e turístico. Acho que o Museu está bem conservado, estão a fazer um trabalho que agrada aos turistas. O acolhimento e as explicações sobre os monumentos e sítios também têm sido bons. O único problema tem a ver com a exiguidade de hotéis, mas acredito que será resolvido a seu tempo”, augurou.

O responsável do Museu dos Reis do Kongo, Kediamosiko Toko, mostrou-se  satisfeito pelo facto da região atrair cada vez  mais visitantes, tanto nacionais, como estrangeiros interessados em conhecer a história e a cultura locais.

“O Museu dos Reis do Kongo tem recebido muitas visitas, principalmente, estrangeiros e, para nós, constitui uma mais-valia. Hoje recebemos mais 16 turistas, entre angolanos, portugueses e americanos, dos quais nove do sexo feminino. Este resultado deve-se ao trabalho da imprensa que tem levado a informação a todos os cantos do mundo e, com isso, mais turistas têm escalado esta bela cidade”, disse.

JA

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