Outubro 7, 2024

Luanda – O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, enalteceu hoje, segunda-feira, a necessidade do envolvimento, cada vez maior, da mulher na prevenção, gestão e resoluções de conflitos.

O general reformado discursava na abertura do I Curso de Defesa e Segurança Nacional na Perspectiva do Género, a decorrer até 31 de Março, no âmbito da resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU, de 31 de Outubro de 2000.

A resolução 3125 sobre mulher, paz e segurança cria uma base política internacional que sustenta a promoção e a defesa da transversalidade da dimensão da igualdade do género, permitindo às mulheres assumirem papel de destaque durante e após os conflitos.

O general Francisco Furtado informou que tem evidenciado no país uma crescente consciencialização da importância da integração e participação das mulheres nos diversos domínios da Defesa Nacional, nomeadamente nas Forças Armadas.

Sublinhou que as questões relacionadas às mulheres, aos conflitos, à paz, à segurança nacional e pública e à violência comunitária e doméstica vêm ganhando mais espaço, na medida em que elas passaram a ser vistas como vítimas mas também essenciais na tomada de decisões.

No actual contexto das mutações da geopolítica, a actualização e consolidação de conhecimentos deve ser permanente e generalista e diz respeito a todos os cidadãos, incluindo aos civis a quem lhes está reservado um papel relevante e análise de fenómenos transversais a sua zona de conforto.

Para o ministro de Estado, as acções formativas e informativas devem tomar o lugar privilegiado para moldar os comportamentos e as atitudes para o enfrentamento dos complexos cenários que possam apresentar-se.

Declarou que o Estado angolano nunca deixou de parte a participação da mulher, reservando para o género feminino, desde os primórdios da Luta de Libertação Nacional e na Defesa da Pátria, altos cargos nos distintos órgãos que compõem o sistema de Defesa e Segurança Nacional.

Referiu que embora a Lei do Serviço Militar não obrigue  o ingresso das mulheres, fazem parte das Forças Armadas Angolanas (FAA) cerca de quatro mil senhoras e 16 mil estão na Polícia Nacional, em posto de general e comissárias, oficiais superiores e subalternos nas distintas especialidades e que os números tendem a crescer.

O Chefe da Casa Militar declarou que as mulheres são acérrimas defensoras da preservação da paz, na gestão e resolução de conflitos, por serem as que mais sofrem com os seus efeitos.

Rendeu “singela homenagem” às mulheres angolanas por ocasião do mês de Março por serem “seres valentes, misteriosas, intuitivas, sensíveis, virtuosas, inteligentes, delicadas, graciosas e sábias”.

Numa iniciativa do Instituto de Defesa Nacional (IDN), curso é promovido em parceria com instituições públicas portuguesas e da Comunidade de Países de Língua portuguesa (CPLP).

Estão agendados temas como a “A problemática do género nos Órgãos de Defesa e Segurança”, “A Perspectiva da Participação do Género nas Operações de Paz”, “A Condição das Mulheres nos Órgãos de Defesa e Segurança” e a “A Inter-sectorialidade da Segurança Nacional”.

Na ocasião, o secretário de Estado para a Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Domingos Tchikanha, informou que participam da acção formativa 767 auditores de todas províncias e de países membros da CPLP, de modo virtual.

ANGOP

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