JA
Os restos mortais de cerca de 50 militares e civis mortos entre 2021 e 2022 por rebeldes foram descobertos esta semana numa vala comum no nordeste da República Democrática do Congo (RDC), confirmaram, este domingo, à Lusa fontes militares e civis.
Os corpos “foram descobertos por agricultores em Ntoma, na quinta-feira. É horrível. As vítimas foram reféns da ADF [Forças Democráticas Aliadas, na sigla inglesa], raptadas e assassinadas entre 2021 e 2022”, na região de Beni, disse à EFE, por telefone, Edgard Mateso, vice-presidente de uma ONG na província do Kivu Norte.
Os corpos “foram descobertos por agricultores em Ntoma, na quinta-feira. É horrível. As vítimas foram reféns da ADF [Forças Democráticas Aliadas, na sigla inglesa], raptadas e assassinadas entre 2021 e 2022”, na região de Beni, disse à EFE, por telefone, Edgard Mateso, vice-presidente de uma ONG na província do Kivu Norte.
Segundo o activista, “em vários dos restos mortais, havia uniformes” das Forças Armadas da RDC (FARDC).
“Tenho a certeza de que vamos descobrir mais ossos se procurarmos nas aldeias circundantes”, disse Edgard Mateso, uma vez que os rebeldes da ADF estão activos em áreas próximas.
O porta-voz das FARDC em Beni, o capitão Antony Mwalushayi, também confirmou hoje a descoberta à EFE.
A ADF é um grupo rebelde de origem ugandesa, mas que está atualmente sediada nas províncias vizinhas do Kivu Norte e Ituri.
Os seus objetivos não são claros, para além de uma possível ligação com o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI), que por vezes reclama a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do EI à ADF, os Estados Unidos identificam-nas desde março de 2021 como uma “organização terrorista” filiada no grupo jihadista.
Segundo o Barómetro de Segurança de Kivu, as ADF são responsáveis por mais de 3.540 mortes em mais de 660 atentados na RDC desde 2017.
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