Outubro 7, 2024

A Comissão Multissectorial para o Censo Piloto, que se realiza em sete províncias do país, apela à colaboração contínua dos Governos locais, em termos de apoio técnico às equipas escaladas no sentido de obterem os objectivos preconizados pelo Executivo.

Esta posição foi defendida, terça-feira, no Dundo, capital da Lunda-Norte, pelo director-geral adjunto do Instituto Nacional de Estatística (INE), Hernany Luís, durante a audiência mantida com o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas, Domingos Dala.

Recebido no quadro de uma agenda de supervisão em seis das sete províncias seleccionadas para o Censo Piloto, designadamente, Lunda-Norte, Bengo, Bié, Cunene, Cuando Cubango e Uíge, o responsável do INE disse que a disponibilidade das autoridades, por via do apoio prestado pelo Ministério da Administração do Território, vai ser um factor determinante para o êxito do processo.

Hernany Luís justificou que, por se tratar de uma operação com uma dimensão logística   significativa, qualquer suporte técnico dos Governos Provinciais, incluindo Luanda, uma das parcelas do território nacional abrangida, vai “sempre” fazer uma diferença positiva.

Na óptica do director-geral adjunto do INE, o que se pretende nesta fase do processo, aberto oficialmente a 19 de Julho, é o reforço das acções de sensibilização e mobilização junto das populações, em que, na província da Lunda-Norte, particularmente, estão seleccionados dois municípios. Trata-se do Chitato, na comuna do Luachimo, e Cambulo, na comuna de Canzar.

Hernany Luís, cuja delegação da Comissão Multissectorial à Lunda-Norte integrou representantes do Ministério da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, incluindo o Comando Geral da Polícia Nacional, afirmou que, depois do Censo Piloto que vai ter uma duração de 30 dias, a próxima etapa da operação estatística será a actualização da malha cartográfica das províncias escolhidas.

O trabalho do levantamento do Mapa Cartográfico, segundo o director-geral adjunto do INE, vai até Março do próximo ano, dependendo da dinâmica das actividades a serem desenvolvidas, sem descurar as questões de ordem natural, sobretudo, as chuvas.

Acesso às zonas

Por sua vez, o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas da Lunda-Norte, Domingos Dala, informou que, em termos de acesso às duas comunas, nos municípios seleccionados, a do Luachimo, no Chitato, não haverá dificuldades, mas alertou que, para a de Canzar, no Cambulo, vai ser necessária a mobilização de meios de transporte (viaturas) a todo-o-terreno, a julgar pela elevada degradação em que se encontra a via de comunicação.

“Em termos de condições de acesso, aqui no Chitato, na comuna do Luachimo, não teremos dificuldades, mas para Canzar, no Cambulo, vão ser necessárias viaturas a todo-o-terreno”, esclareceu o governante.

Domingos Dala assegurou que o Governo Provincial da Lunda-Norte vai prestar todo o apoio institucional e técnico, com vista a garantir o êxito do Censo Piloto.

Quanto à actualização do mapa cartográfico, o vice-governador informou que o trabalho vai envolver também técnicos dos serviços provinciais do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), na Lunda-Norte.

O vice-governador da Lunda-Norte acrescentou que as autoridades estão, também, alinhadas com a tarefa da mobilização dos cidadãos para receberem os agentes de campo nas residências.

  Trabalho de campo na província da Lunda-Norte

A recolha de dados, na Lunda-Norte, uma das sete províncias abrangidas no Censo Piloto, arranca a 7 ou 8 deste mês, informou, recentemente, à imprensa, o chefe dos Serviços locais do INE, Leão Cazadi.

Falando à margem da abertura da formação dos agentes de campo, o responsável avançou que, de acordo com a planificação, o processo de preparação do Censo Geral da População e Habitação agendado para Julho do próximo ano, nesta parcela do país estão   previstas 115 secções censitárias urbanas e 57 outras rurais, perfazendo 32 por cento da amostra.

Leão Cazadi explicou que, especificamente, para a Lunda-Norte, a operação estatística, enquadrada no Censo Piloto, vai ser realizada nas comunas do Luachimo, no município do Chitato, e de Canzar, no Cambulo.

Esclareceu que a comuna do Canzar (Cambulo) conta com 25 secções censitárias e a restante maioria é do Luachimo, no Chitato, tendo, igualmente, sublinhado que estão criadas todas as condições técnicas, logísticas e humanas para o êxito do processo.

Neste momento, adiantou o gestor, estão ao serviço do INE, na Lunda-Norte, um assistente técnico provincial (ATP), dois municipais, igual número de comunais, 18 outros locais que terão a responsabilidade de formar os agentes de campo que, por sua vez, vão proceder à recolha de dados.

A operação, de acordo com Leão Cazadi, conta, também, com quatro técnicos informáticos, cuja tarefa passa por sustentar todo o processo, pois o Censo actual é digital.

O responsável disse que, em termos de recursos humanos para o Censo Piloto, na Lunda-Norte, estão cinco motoristas, onze cartógrafos, incluindo outros técnicos do INE central e provincial.

Segundo Leão Cazadi, 189 formandos estão a ser preparados, entre os quais 161 para o município do Chitato, 28 para o Cambulo, pois, em termos globais, 172 vão ser seleccionados para o trabalho de recenseadores e supervisores.

No município do Chitato, a operação vai contar com 146 agentes de campo e Cambulo com 25, antes de lembrar que o sucesso desta etapa depende da participação de todas as forças vivas, em termos de mobilização.

Frisou que o Censo Geral da População e Habitação, realizado em 2014, os resultados da maior operação estatística apontaram, na altura, que a Lunda-Norte tinha 862 mil e 567 habitantes.

Actualmente, os dados dão conta que o número da população não é o mesmo e, por isso, a província tem, no presente ano, 1. 121. 715, sendo que as projecções para 2024 indicam para uma população estimada em 1 milhão, 180 mil habitantes para a Lunda-Norte, segundo

JA

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