Julho 25, 2024

A direcção do Petro de Luanda irá recorrer da setença aplicada pelo Conselho Juridiscional da FAF, que suspende a equipa de futebol de toda actividade em dois anos, por corrupçao, de acordo com o presidente de direcção, Tómas Faria.

Falando na noite de sábado, em conferência de imprensa, em Luanda, na sequência do comunicado do órgão federativo, divulgado sexta-feira, afirmou que o clube irá recorrer e trazer a verdade dos factos sobre as alegadas irregularidades, em seu entender inexistentes.

“Vamos apresentar o recurso ao órgão Jurisdicional da FAF. A suspensão não está relacionada com casos de corrupção e sim com a alegada falta de verdade e com o dever de colaboração”, referiu.

Tomás Faria negou envolvimento em qualquer caso de corrupção, explicando que a instituição por si liderada sempre manteve o dialogo, sem nunca colocar entraves, diferente da alegação do Conselho de Disciplina da FAF, prometendo apresentar provas.

Indicou que o comunicado dando conta da setença nunca foi entregue ao clube, e com alguma estranheza, a sua direcção teve conhecimento do facto pelas redes sociais e por via dos órgãos de comunicação social.

Perplexo, o dirigente questionou os critérios usados pelo Conselho de Disciplina da FAF para sancionar a equipa de futebol sem que esta fosse antes notificada sobre a existência de um processo.

Reiterou que a colectividade irá seguir os trâmites legais para repor a verdade, o seu bom nome de modo a preservar os seus interesses e do futebol angolano.

Tomás Faria considerou sensacionalista o comunicado da FAF, como disse, criou uma mancha na modalidade em véspera da realização do sorteio da Supeliga Africana, onde a equipa estará envolvida.

“Nós estamos atentos porque a luta é derrubar-nos e verem o Petro como esteve em anos idos. Não vamos a nenhuma segunda divisão porque iremos recorrer a esta decisão”, reiterou.  

Garantiu que o Petro irá jogar a Supertaça de Angola na nova data que o órgão reitor apresentar e que irá disputar a Liga dos Clubes Campeões.

O assunto iniciou em Junho último quando vazou um áudio nas redes sociais em que o treinador Agostinho Tramagal revela pormenores sobre a vitória da Académica do Lobito ante o 1.° de Agosto, por 1-0.

No som, ouve-se o técnico dizer que recebeu três milhões de kwanzas do Petro de Luanda para vencer o jogo contra o D´Agosto. Acontecendo isso, os “tricolores” ascenderiam para a primeira posição do Girabola 2022-23.

Agostinho Tramagal relata que terá ficado com um milhão e dividido dois milhões para os jogadores em razão de 100 mil kwanzas cada.

Refere ter negado uma oferta do 1.º de Agosto de sete milhões de kwanzas para deixar-se perder  e que tudo fez para permitir que o Kabuscorp do Palanca vencesse o jogo da meia-final da Taça de Angola, o que não veio acontecer.

Nas sequência, o Clube1.° de Agosto é punido com multa de um valor correspondente a 2.000 UCF (1 UCF equivale a 88 kwanzas), treinador José Alberto Agostinho “Tramagal” é suspenso por quatro anos e uma multa em valor correspondente a 6.000 UCF, por corrupção.

Igualmente foi suspenso de toda actividade futebolística, por corrupção, o Kabuscorp do Palanca baixa de divisão e pagará um multa em valor correspondente a 80.000 UCF, enquanto o seu presidente, Bento Kangamba, foi punido por quatro anos e um valor correspondente a 6.000 UCF.

A Académica Petróleos Clube do Lobito foi sancionada com baixa de divisão por corrupção no jogo n.° 22/2023 da Taça de Angola e multa em valor correspondente a 80.000 UCF.

O atleta Márcio Luvambo foi supenso de toda actividade futebolística por um ano, por violação do dever de cooperação neste processo disciplinar e corrupção relactivamente ao jogo 216/23 da 27.ª jornada do Girabola2022-23 e ainda sancionado com uma multa em valor correspondente a 3.000 UCF.

ANGOP

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