Outubro 18, 2024

 

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, apelou, segunda-feira, em Luanda, aos profissionais da Saúde a prestarem serviços mais humanizados e a demonstrarem mais amor aos utentes dos estabelecimentos hospitalares, por forma a ser preservado o bem maior, a vida.

Em declarações à imprensa, depois de proceder à reinauguração do Hospital Geral Especializado Neves Bendinha, Esperança da Costa apelou igualmente aos profissionais da Saúde no sentido de se comprometerem mais com o desenvolvimento do seu trabalho, tendo sempre como base a ética e o profissionalismo.

A Vice-Presidente da República disse ser “preocupação premente” do Executivo ver o sector da Saúde cada vez mais robusto, eficiente e mais avançado. Assegurou que o Executivo, sob liderança do Presidente João Lourenço, vai continuar a fazer esse esforço de ampliar o atendimento e alargar o Sistema Nacional de Saúde, garantindo deste modo mais qualidade dos serviços. Sublinhou que “só podemos alcançar a tão desejável qualidade com a participação dos utentes”.

Depois de percorrer as áreas que compõem a estrutura reabilitada, onde recebeu esclarecimentos detalhados sobre o seu funcionamento e apreciou a qualidade dos equipamentos, Esperança da Costa destacou que um dos desafios passa pela gestão hospitalar, do património, equipamentos, fármacos e medicamentos colocados à disposição.

A governante salientou que o Executivo, através do Ministério da Saúde, está a trabalhar no estabelecimento de “plataformas digitais” para melhorar a humanização e gestão hospitalar. Disse ser preocupação do Presidente da República ver o sector da Saúde cada vez mais robusto, eficiente, moderno e mais avançado.

A título de exemplo, destacou o facto de o país contar, actualmente, com cerca de duas mil unidades sanitárias. Destas, sublinhou, oito são hospitais centrais, 32 provinciais, 228 municipais e um grande conjunto de postos médicos para prestarem serviços primários de atendimento de proximidade ao nível das comunas e distritos.

A Vice-Presidente da República destacou os avanços significativos no que diz respeito à maximização (quantidade) destes serviços a nível nacional, porém reconheceu a prevalência de desafios que necessitam de soluções concretas e sustentáveis. “Estamos a trabalhar para isso, em particular na questão do capital humano e criação de condições melhoradas para os nossos profissionais de Saúde, ao mesmo tempo que avançamos com esta maximização de unidades hospitalares”, garantiu.

Por se preocupar com o capital humano, ressaltou, o Executivo tem efectuado vários concursos públicos e o país conta hoje com aproximadamente 30 mil novos profissionais de Saúde. O grande desafio, disse, passa pela capacitação de quadros, estabelecida com base em metas precisas no domínio da especialização nas várias vertentes e valências necessárias nestes e outros hospitais disseminados pelo país.

Esperança da Costa apelou a todos utentes que acorrem aos hospitais a participarem, de forma indirecta, na manutenção e conservação destes estabelecimentos. “Cada um de nós deve fazer a sua parte para termos cada vez mais qualidade do hospital e melhores condições de higiene para receber os utentes que são nossos familiares”, exortou.


Destacadas valências do Hospital dos Queimados

A Vice-Presidente da República considerou o acto de reinauguração do Hospital dos Queimados satisfatório, tendo sublinhado as inovações feitas àquele estabelecimento.

“Quando vinha para cá não esperava encontrar o Hospital dos Queimados transformado a esta dimensão. Além de todos os serviços que presta, a unidade ainda tem uma componente pedagógica de apoio e acompanhamento, bem como avaliação do desempenho da unidade hospitalar”, sublinhou.

A unidade sanitária, que teve um acréscimo de 1.500 metros quadrados, mais 80 camas e equipamentos de tecnologia avançada, resultado de um conjunto de opções estratégicas do Executivo, que pretende ver este sector cada vez mais optimizado, eficiente e com um equilíbrio dos seus indicadores satisfeitos.

Esperança da Costa frisou que com a infra-estrutura remodelada e o conjunto de equipamento disponíveis, o Hospital Geral Especializado estará em condições de proceder à análise e diagnóstico diferenciado, fazer cobertura e dar resposta humanizada e eficiente a toda demanda que surgir.

Para isso, disse, era necessário um hospital à altura, para garantir essa resposta efectiva a todos os pacientes que acorrerem àquele hospital com queimaduras e com todo um conjunto de situações que precisem de alívio e de intervenção, quer seja de queimaduras de primeiro, quer de segundo e terceiro graus ou ainda das mais leves às mais complexas.


Homenagem a um grande nacionalista

No final da visita guiada, a Vice-Presidente da República procedeu à deposição de uma coroa de flores no busto do nacionalista angolano Neves Adão Bendinha, erguido no jardim interno da unidade sanitária.

Esperança da Costa, que manteve um breve encontro de cortesia com Lídia Brito Teixeira, viúva de Neves Bendinha, sublinhou que saía satisfeita do hospital porque a reinauguração representa uma homenagem àquele nacionalista.

À imprensa, Lídia Teixeira, que se fez acompanhar do irmão, agradeceu a homenagem feita ao falecido esposo e pai de suas duas filhas. Disse sentir ainda a falta do marido, lembrando que Neves Bendinha  era um bom bom pai e marido e um homem que se importava e defendia o bem-estar das pessoas. “Infelizmente meteu-se em política e deixou-me com duas filhas nos braços”, lamentou Lídia Teixeira.

Logo na entrada principal do Hospital Geral Especializado  foi afixado um enorme quadro que retrata a biografia do nacionalista Neves Adão Bendinha, que foi morto pelas forças coloniais portuguesas e atirado aos cães, em Maio de 1961.

JA

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *