Os mercados informais localizados junto a estrada Nacional EN-100, na zona alta do Lobito (Benguela), serão transferidos, brevemente, para um novo local, no bairro 4 de Abril, na mesma circunscrição, soube a ANGOP.
Trata-se dos mercados do “Catuma”, da “Aerovia” e do “Cajantar”, que têm provocado muitos constrangimentos à circulação rodoviária e acidentes de viação, com realce para atropelamentos e colisões entre veículos e motorizadas, principalmente no período nocturno.
De acordo com o administrador municipal do Lobito, Evaristo Calopa Mário, o novo espaço, de aproximadamente três hectares, era pertença da Empresa Nacional de Aeródromos e Estradas (Aerovia) e foi cedido à Administração local pelo Ministério da Defesa.
“Encontramos um espaço no bairro 4 de Abril, que fica a mil e duzentos metros da área onde os feirantes fazem actualmente as suas vendas”, explicou.
O administrador disse que está em curso uma campanha de sensibilização, com sucessivas notificações, no sentido de fazer a população entender que este desafio será em prol do seu próprio benefício.
Sobre as razões desses mercados ainda não serem desactivados, face ao iminente perigo que oferecem todos os dias, Calopa Mário disse ser um processo e que estão a criar condições para o efeito.
“Neste momento, não temos como desactivar esses mercados, porque não temos fiscais nem efectivos da Polícia Nacional suficientes para os instalar naquele lugar para guarnição”, afirmou.
No entanto, segundo o administrador, os agentes reguladores de trânsito têm feito o seu papel, colocando cones na estrada e realizando outras operações para estabelecer a ordem.
Do ponto de vista social, a Administração ainda tem permitido o comércio informal e precário naquela área, tendo em conta que as famílias precisam de se auto-sustentar.
Relativamente ao mercado do Compão, inscrito no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), confirmou a paralisação das obras por algum tempo.
Informou que após ser adjudicada, houve um infortúnio com um dos sócios da empresa responsável pela obra, que causou o seu abrandamento.
“Neste momento, a obra já foi retomada. Fez-se a vedação no perímetro e está-se a fazer a remoção do solo, salitroso, para posteriormente levantar-se a estrutura”, frisou.
Quanto ao mercado do Tchapanguele, o mais antigo do Lobito, afirmou que é uma obra subordinada ao Governo central.
Questionado sobre a desaceleração no ritmo em relação ao início, disse não ter informações, mas garantiu que o seu grau de execução física está muito avançado.
“Actualmente está-se a construir a terceira nave e também o edifício administrativo”, disse.
O mercado do Tchapanguele é o maior desta cidade ferro-portuária, com capacidade para albergar acima de três mil feirantes.