Outubro 7, 2024

 A sub-procuradora-geral da República titular no Cuanza-Norte, Maria Joaquina Matias Pedro, solicitou mais humanização nos serviços de saúde, visando a melhoria do atendimento médico.

A magistrada  falava, sexta-feira à imprensa, a propósito da visita efectuada aos hospitais provincial e materno-infantil, no âmbito da constatação do funcionamento e organização das unidades sanitárias da região.

Referiu, sem avançar números, que a procuradoria-geral da República (PGR) no Cuanza-Norte tem recebido denúncias dos utentes sobre o mau atendimento nas diferentes unidades sanitárias da província, uma situação que urge inverter.

Sublinhou que a vocação dos hospitais é dar assistência aos pacientes e é inaceitável que pessoas que foram buscar cuidados terminem em óbitos, por mau atendimento ou por falta de recursos.

“Embora o número de recursos humanos seja insuficiente, se houver um bocadinho de esforço e de vontade pensamos que podemos sim responder em tempo útil a algumas preocupações dos pacientes”, advogou.

Avançou que, caso se constate situações de negligências ou omissões no atendimento dos pacientes, os autores serão responsabilizados criminalmente.

Por essa razão, pediu aos utentes e responsáveis das unidades sanitárias no sentido de ajudarem as autoridades a solucionar o problema do mau atendimento nos hospitais do Estado.

Manifestou igual preocupação com o estado de degradação física do Hospital Materno-Infantil, com a insuficiência de médicos especializados e a demora no atendimento em consultas externas nas duas unidades sanitárias visitadas.

O director-geral do Hospital Provincial do Cuanza-Norte, Armando João, informou que a demora no atendimento se deve, por um lado, à insuficiência de técnicos e, por outro, ao facto de os pacientes quererem ser sempre os primeiros.

Esclareceu que o atendimento, sobretudo, na urgência obedece aos critérios de classificação de riscos, dando primazia aos doentes mais graves.

O hospital debate-se, actualmente, com a falta de médicos especializados, sobretudo, nas áreas de cardiologia, neurologia, dermatologia, neurocirurgia, intensivista.

A unidade, que atende entre 200 a 400 pacientes/dia, funciona, actualmente, com 23 médicos, entre nacionais e expatriados, bem como 162 técnicos de saúde.

Carece de pelo menos mais 60 médicos nas distintas especialidades e 350 enfermeiros.

ANGOP

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