O país poderá observar uma greve geral tendo em conta a falta de consenso entre a classe trabalhadora, representada pelas centrais sindicais, e o Governo angolano, em torno da proposta do salário mínimo nacional na ordem dos 240 mil kwanzas.
Segundo disse na passada quinta-feira à Rádio Correio da Kianda, o Secretário-Geral do SINPROF e membro da comissão negocial dos Sindicatos, Ademar Jinguma, os trabalhadores deverão reunir nos próximos dias em Assembleia para analisar o andamento das negociações e “a Assembleia poderá deliberar a declaração da greve”.
Entretanto, os analistas da Rádio Correio da Kianda disseram este sábado, durante o programa Geração 80, que “não acreditam na realização da greve geral no país”.
Para Crisóstomos Chipilica, “falta coesão da parte das centrais sindicais”.
Por seu turno, o cientista político Eurico Gonçalves entende que “uma greve geral colocaria em causa o desenvolvimento do país”, por isso, defende diálogo e consenso entre as partes.
Já, o jurista Daniel Pereira entende que “em Angola não há sindicatos de facto” e pensa que “as centrais sindicais poderão fazer no máximo um desfile de duas horas”.
Crisóstomos Chipilica apela aos sindicatos para “não serem mancomunados aos partidos políticos, ao decretar uma greve que coloque em causa o funcionamento das instituições”.
CK