Os taxistas querem que o novo preço da corrida seja calculado de acordo com a rota, por entenderem que a medida vai acabar com a especulação, com o encurtamento de rotas e com as apreensões de viaturas por parte da Polícia
O presidente da ANATA, Francisco Paciente, disse à Rádio Correio da Kianda que a sua organização já trabalha para a discussão com o Governo sobre o preço do táxi a ser aplicado em breve e descarta qualquer greve ou protesto antes de ouvirem a proposta do Executivo e esgotarem o diálogo.
Por sua vez, o economista José Macuva reitera que não vê a necessidade de os taxistas subirem o preço da corrida, “uma vez que o praticado actualmente já se ajusta de acordo com a distância”.
Entretanto, o Governo continua sem divulgar um calendário para a actualização dos preços da gasolina e do gasóleo.
A informação que se tem até o momento é que o preço da gasolina poderá atingir os 572 kwanzas, já a partir do final de Abril de 2024, quando todos os subsídios ao produto serão retirados, segundo Despacho Presidencial.
O Fundo Monetário Internacional assegura que há espaço para remover os subsídios e apoia estas intenções.
Para o FMI, “o fim dos subsídios aos combustíveis é um dado garantido”, mesmo considerando os impactos negativos no custo de vida e na actividade económica no país.
Para melhor preparar e compensar as dificuldades que se preveem, Victor Lledo, representante do FMI em Angola, defende a utilização de ferramentas de comunicação eficazes e o desenvolvimento de programas de transferência directa de recursos às famílias mais vulneráveis.