Cerca de duzentos cidadãos, supostamente associados ao denominado Movimento do Protectorado Lunda Thokwe, estão a ser julgados, na cidade de Saurimo, província da Lunda Sul, acusados de desacato, no passado mês de Outubro de 2023, quando na altura decidiram realizar uma manifestação que foi considerada ilegal pelas autoridades.
Os arguidos são acusados de crimes de associação criminosa, arruaça, rebelião, participação em motins e danificação de bens públicos.
A informação foi avançada pelo advogado, Guilherme Neves, líder da Associação Mãos Livres, que fez saber que destes, pelo menos 81 arguidos respondem em liberdade condicional.
O julgamento, que decorre nas instalações da cadeia da Lusia, município do Saurimo, segundo o líder da associação, corre na normalidade.
Já o advogado Vicente Pongola entende que o julgamento tem, no entanto, que ser aberto ao público, e avança que só as audiências deverão determinar se o julgamento será ou não justo.
Mais de 200 cidadãos, detidos em Outubro do ano passado no acto de uma manifestação, estão a ser julgados na cidade de Saurimo, província da Lunda Sul.
Recordar que a manifestação em que os manifestantes foram presos visou, supostamente, apoiar o acto de proclamação da autonomia das Lundas, orientado pelo cidadão angolano, Jota Filipe Malakito, líder de uma facção pró autonomia intitulada Manifesto Jurídico Sociológico do povo Lunda-Tchokwe.
CK