Outubro 4, 2024

Os Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL) transportaram, de Janeiro a Junho deste ano, cinco mil toneladas de carga diversa, entre Luanda e as províncias do Cuanza-Norte e Malanje, informou, domingo, o director do Gabinete de Comunicação Institucional, Imagem e Intercâmbio da instituição.

Augusto Osório explicou que das cinco mil toneladas de carga geral, a maioria eram produtos agrícolas provenientes das províncias de Malanje e do Cuanza-Norte, colhidos ao longo dos últimos seis meses deste ano.

No mesmo período, continuou, a empresa transportou, igualmente, para as províncias do Cuanza-Norte e Malanje 13 milhões de litros de gasóleo.

Em relação ao transporte de passageiros, Augusto Osório afirmou que, durante este período, a empresa levou 500 mil passageiros, com maior incidência no trajecto Bungo-Viana, no chamado “Corredor dos comboios suburbanos”.

O CFL, adiantou, transportou também passageiros no percurso inter-provincial, em particular no trajecto Musseques (Luanda) e Luinha (Cuanza Norte). “Há mais de dois anos que as locomotivas vocacionadas ao transporte de pessoas, não se deslocam à Província de Malanje, por inoperância da via”, lamentou, acrescentando que para Malanje apenas têm feito o transporte de carga e não de pessoas.

Os Caminhos-de-Ferro de Luanda, realçou, vão trabalhar, com apoio do Executivo, na reabilitação do troço ferroviário entre o Zenza do Itombe e Cacuso, em Malanje. “A reabilitação dos trilhos neste percurso vai permitir o regresso do comboio de passageiros até Malanje”.

 
Bens públicos

Em relação à vandalização de bens, o director do Gabinete de Comunicação Institucional referiu que os prejuízos estão orçados em mais de 12 mil milhões de kwanzas e afectaram, em particular as províncias de Luanda, Cuanza-Norte e Malanje.

“Devido à vandalização dos comboios e o apedrejamento, assim como a vandalização da infra-estrutura da linha férrea e das estações, a colocação de lixo nos trilhos, já tivemos um prejuízo de mais de 12 mil milhões de kwanzas, num investimento que tem sido benéfico para a população ”, disse.

 
Colhimento de peões

O director do Gabinete de Comunicação Institucional assegurou que, durante os últimos seis meses deste ano, os Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL) registaram o atropelamento de mais de 50 pessoas, das quais mais de metade resultaram em mortes.

Os sobreviventes, esclareceu, infelizmente convivem com traumas físicos e psicológicos, que vão levar para toda vida. “Por isso, temos realizado campanhas de sensibilização para aconselhar as pessoas que inadvertidamente andam sobre a linha férrea, ou desenvolvem actividade comercial próximo dos trilhos, assim como há quem não respeite as normas de circulação ou travessia das passagens de nível, a evitarem tais práticas, em especial com o aumento da circulação de comboios”, disse.

 
Unidades Diesel

Actualmente, frisou, sete comboios do tipo Unidade Múltipla Diesel (DMU) estão a servir os utentes entre o Bungo e Viana. No momento, revelou, estão a ser construídas, também, novas oficinas em Catete, para a manutenção destas unidades, adquiridas há dois anos na China.

Para melhor cuidar da manutenção dos comboios DMU, disse, o CFL fez a reabilitação parcial das antigas oficinas dos Musseques, no Cazenga, e ampliou algumas naves.

 
Rota final

Em relação ao serviço do CFL a ser colocado à disposição dos utentes do aeroporto internacional Agostinho Neto, Augusto Osório disse que as obras estão na rota final. “Temos a duplicação da linha feita, assim como o ramal que liga a estação da Baia até ao aeroporto”, lembrou.

A empresa, garantiu, construiu, igualmente, novas estações no Bungo, Musseques, Viana e Baia, assim como criou uma espaço de conexão e o terminal ferroviário, para poder dar resposta aos futuros utentes do aeroporto.

JA

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