Outubro 6, 2024

A quantidade de falsas denúncias que chega diariamente à Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE) constitui-se num dos principais fenómenos que preocupam a instituição, afirmou segunda-feira, em Cabinda, o inspector Geral da Administração do Estado.

João Manuel Francisco” João Pinto, que falava aos órgãos de comunicação social à margem do encontro de cortesia que manteve com as entidades governamentais locais, na sede do governo provincial, disse que mais de 40 por cento das denúncias que a IGAE recebe são protagonizadas por indivíduos anónimos, e não possuem consistência do ponto de vista de provas materiais.”São denúncias maliciosas, caluniosas, em que não aparecem rostos e muito menos documentos”, revelou o inspector geral da Administração do Estado, que aproveitou o momento para chamar à atenção aos cidadãos no sentido de “denunciarem sobre verdades e não com intrigas”.João Pinto informou que as denúncias verdadeiras têm sido acompanhadas com a reserva necessária, tendo em atenção o princípio da presunção de inocência. “Em caso de um cidadão deparar-se com um acto abusivo ou ultraje dos seus direitos na administração pública, deve denunciar, mas sem desnortear os princípios éticos”, apelou.O inspector geral da Administração do Estado entende que a prioridade na contratação pública deve ser a Educação, Saúde e Magistratura. Outra questão preocupante, prosseguiu o responsável, tem a ver com os escassos recursos para o combate à corrupção.”Havendo recursos escassos, vamos gerir o que temos, priorizando sempre o que é mais importante”, recomendou.Em Cabinda, João Pinto orienta hoje o seminário sobre “Ética e Deontologia na Administração Pública”, dirigido a todos os gestores das instituições ao serviço dos cidadãos na província. “Não se melhora uma sociedade sem consciência do que é certo ou errado”, sublinhou João Pinto, tendo de seguida lembrado sobre casos históricos de actos de corrupção, envolvendo gestores públicos, que provocaram grandes prejuízos aos cofres do Estado.O Inspector Geral da Administração do Estado concluiu que tais actos ocorreram porque nem sempre a necessidade de moralizar a sociedade acompanhou a consciência sobre o que é certo e o que é errado.

JA

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