Outubro 4, 2024

Sete crianças morreram na tarde desta terça-feira, 20, na zona do Kikolo, no município de Cacuaco, província de Luanda.

Informações postas a circular, nas redes sociais, dão conta que três crianças, encontraram um engenho e sem a devida noção, carregaram para casa e de seguida martelavam o material bélico para que de seguida levassem para um local de sucatas aonde muitas vezes as mesmas têm feito o negócio de alguns objectos recolhidos na lixeira a depender do peso de cada, como ferros e metais.

Testemunhas no local, contam que  foram chamadas outras crianças que curiosamente apreciavam a aventura daquelas que terão encontrado e que tentavam destruir o explosivo em causa e que terá causado a morte da maioria e deixando outras em estado crítico e terem perdido a vida  já na ambulância em direção ao hospital municipal de referência.

O episódio, que viralizou nas redes sociais, deixou chocado os moradores que dizem ser um acontecimento inédito na comunidade.

Enquanto outras pessoas dizem que o incidente é fruto do índice elevado de miséria que assola as famílias angolanas nos últimos tempos.  

Recorde-se que em dezembro de 2019, a explosão de um engenho causou 13 feridos, na área do mercado dos correios, distrito do Golfe, município do Kilamba Kiaxi, província de Luanda.

Angola libertou, nos últimos nove anos, 95 por cento das áreas suspeitas de estarem minadas, mas continua a integrar a lista dos dez Estados mais contaminados no mundo, fruto de mais de três décadas de guerra.

Com mais de 100 quilómetros de terras suspeitas de terem minas terrestres e outros vestígios de armamento, 22 anos depois do fim da guerra, o país lusófono continua a registar mortes e mutilações dos seus cidadãos devido a explosões de engenhos.

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