Outubro 6, 2024

A dívida de Angola para com a China diminuiu, durante o ano passado, de 17,9 mil milhões de dólares para 16 mil milhões, graças à actualização da forma de pagamento.

A informação foi prestada, ontem, pelo embaixador da China em Angola, Zhang Bin, quando abordava o estado actual da cooperação entre os dois países.Na ocasião, o diplomata, a trabalhar em Angola desde Fevereiro deste ano, lembrou que, no mês de Março deste ano, os dois países chegaram a um consenso em optimizar e actualizar a forma de pagamento da dívida.Por isso, disse que, actualmente, o estado de pagamento é normal, decoorre como o planeado e acredita que, no futuro, a cooperação a nível do financiamento entre os dois países vai conhecer outros desenvolvimentos.Em declarações à Angop, Zhang Bin tranquilizou que a dívida não constitui uma preocupação nas relações entre os dois países, pois, para si, é normal que uma nação que se queira desenvolver contraia empréstimos e, no caso da China e Angola, estão num bom ciclo.Para o diplomata, a cooperação entre Angola e a China, que já dura 41 anos, está no seu melhor momento, com as partes a analisar novas áreas de contacto para elevar o nível da parceria, olhando para o desenvolvimento do país.Informou que fruto desta cooperação, os chineses reabilitaram milhares de quilómetros de linha férrea, estradas, bem como construíram escolas, hospitais e habitações sociais.O embaixador anunciou as novas áreas por onde passarão a cooperação no futuro, destacando o domínio da tecnologia digital.Falou, também, dos preparativos e perspectivas do Fórum de Cooperação China/África, que decorre de 4 a 6 de Setembro em Beijing (China), bem como o papel do país asiático para o alcance da paz e segurança no continente africano, formação de quadros e domínio da Saúde.Zhang Bin deu a conhecer que Presidente Xi Jinping reservou uma surpresa para as nações africanas, que será anunciada durante a Cimeira de Setembro em Beijing.Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos.Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu os 61 por cento, ou seja, para 5,55 mil milhões de dólares. A China é, actualmente, o maior credor de Angola, com base em várias linhas de crédito abertas pelo Governo chinês, através de bancos estatais.A dívida, paga essencialmente com o valor da venda de petróleo, rondava, até 2019, os 23 mil milhões de dólares. Em 2018, a China aprovou uma nova linha de financiamento de dois mil milhões de dólares norte-americanos.Em Angola, a China opera nos mais variados domínios da vida económica e social, com forte presença nas áreas de Formação de Quadros e Construção Civil.

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