Janeiro 9, 2025

Autoridades iranianas detiveram uma jornalista italiana em Teerão, no dia 13 de Dezembro, e advertiram, ontem, as autoridades italianas sobre a pretensão de extradição do engenheiro iraniano, sob custódia na Itíalia, para os Estados, informou agência noticiosa oficial IRNA.

Redacção

O Irão advertiu Itália de que corre o risco de prejudicar as relações bilaterais se ceder aos “objectivos políticos e hostis” dos Estados Unidos ao deter um engenheiro iraniano com um mandado dos EUA relacionado com um ataque de drones na Jordânia no ano passado que matou, alegadamente, três soldados norte-americanos.
Teerão fez a advertência à embaixadora italiana no Irão, Paola Amadei, que foi convocada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, informou a agência noticiosa.
A reunião teve lugar um dia depois de Itália ter convocado o embaixador iraniano por causa da detenção da jornalista italiana Cecilia Sala em Teerão.
As duas convocatórias diplomáticas evidenciaram que o conflito entre as três nações sobre o destino dos dois prisoneiros estava a tornar-se mais complicado para Itália, que é um aliado tradicional de Washington, mas que também mantém boas relações com Teerão.
Mohammad Abedini foi detido pelas autoridades italianas no aeroporto de Malpensa, em Milão, a 16 de Dezembro, com base num mandado dos EUA.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusa-o, juntamente com outro cidadão iraniano, de fornecer ao Irão a tecnologia de drones utilizada no ataque de Janeiro de 2024 a um posto avançado dos Estados Unidos na Jordânia, que matou três soldados americanos.
Três dias depois, a jornalista italiana do diário Il Foglio, Cecília Sala, foi detida em Teerão.
Chegou ao país a 13 de Dezembro com um visto de jornalista e foi detida sob a acusação de violar as leis da República Islâmica, segundo a IRNA. O Il Foglio diz que Sala está detida na prisão Evin de Teerão, famosa por deter dissidentes.

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