Mais de 100 funcionários do Serviço de Fiscalização da província de Icolo Bengo vão ser expulsos e mandados, compulsivamente, à reforma, sob acusação de estarem implicados em actos de ocupação e venda ilegal de terrenos, disse, sabado, ao Jornal de Angola, o governador Auzílio Jacob.
O governante, que prestou tais declarações no final de uma jornada de campo, inserida na sua agenda de trabalho, explicou que os visados são efectivos e colaboradores reincidentes, afectos ao Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, destacados em diferentes municípios.
Os técnicos, segundo disse, estão envolvidos em actos graves de corrupção, ocupação e venda ilegal de terrenos, recebimento de vantagens com a proposta de enquadramento no sector, daí que entre outras medidas disciplinares a serem aplicadas, têm a mais gravosa a expulsão e a reforma compulsiva.
Segundo Auzílio Jacob, consta, ainda, entre os actos reprováveis praticados pelos mesmos, a falsificação de documentos, integração em grupos de invasores e a legalização de terras ocupadas ilegalmente.
O governador provincial referiu que os implicados, por serem reincidentes, estão a responder processos-crime e administrativos (interno), sendo que os mais jovens vão ser expulsos e os agentes com idade avançada reformados compulsivamente.
Auzílio Jacob denunciou ainda a existência de uma rede de falsários que se identifica como funcionários dos Serviços de Fiscalização para cometer crimes.
“Alguns são quadros que migraram do município de Viana, mas são agentes da desorganização. Há um grupo que se tornou colaborador usando métodos fraudulentos. Outros nem são legais, pois usam coletes, andam pelas terras aparentemente sem proprietários e Reservas Fundiárias para se apropriar delas e tirar vantagens, mas não passam de invasores e muitos são protegidos por efectivos e colaboradores”, disse.
O Governo, prometeu Auzílio Jacob , vai apertar o cerco a todos esses crimes.
JA