Março 16, 2025

Quando em 1922, desencadeou uma febre do Antigo Egipto que ainda perdura. No entanto, o que poucos imaginavam era que, décadas depois, a múmia do jovem faraó sofreria uma das manipulações mais brutais da história da arqueologia.

Redacção

Quando os arqueólogos tentaram remover a múmia do sarcófago, depararam com um problema inesperado: as resinas e pomadas usadas no embalsamamento tinham se solidificado, aderindo o corpo ao caixão de tal forma que era impossível extraí-lo sem causar danos.

A solução foi extrema: cinzelar a múmia em pedaços.

🔸 O tronco foi cortado ao meio, separando as pernas e a pélvis.
🔸 Os braços foram desarticulados nos ombros, cotovelos e pulsos para remover as pulseiras funerárias.
🔸 Mãos e pés foram arrancados e posteriormente unidos com resina.
🔸 Para libertar a cabeça da máscara mortuária, foram usadas facas quentes, causando danos irreversíveis.
🔸 Para examinar os dentes, foi feita uma incisão na mandíbula e na garganta, o que exigiu reparos posteriores com resina.

Todo esse procedimento permitiu que os anatomistas estudassem detalhadamente os ossos de Tutankhamon, ajudando a determinar a idade aproximada na hora da sua morte, estimada entre 18 e 19 anos.

O processo de desmembramento de Tutankhamon não foi apenas um atentado contra a preservação do seu corpo, mas também reacendeu o mito da “maldição dos faraós”, que assegurava que aqueles que perturbassem o seu descanso eterno sofreriam terríveis consequências.

Hoje, sua múmia ainda repousa no Vale dos Reis, fragmentada e com cicatrizes da história, como testemunha de uma descoberta que mudou a arqueologia para sempre.

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