19 de Maio, 2025

Mil e noventa bebês, de mães seropositivas, na província do Huambo, nasceram sem HIV/Sida, por meio do corte de transmissão vertical, no quadro do programa “Nascer Livre para Brilhar”, disse, sabado, o responsável da área de Estatística do Gabinete Provincial da Saúde.

Inocêncio Feca Sangueve revelou, na apresentação das incidências da doença na província, que o procedimento tem ajudado a reduzir o risco de transmissão do vírus da mãe para o filho durante o parto.
O responsável lamentou o facto de existirem, ainda, mulheres gestantes infectadas pelo vírus que abandonam o tratamento e realizam o parto domiciliar. “É preciso continuar com as campanhas e sensibilizar estas gestantes a terem mais responsabilidade e seguirem o programa”, apelou.
Nos últimos cinco anos, informou, foram registadas na província do Huambo 8.776 mulheres grávidas diagnosticadas com a doença, acompanhadas em consultas pré-natais, em 277 unidades sanitárias.
Em função dos resultados obtidos, realçou, a maior parte dessas mulheres aderiu ao tratamento com anti-retrovirais e deram seguimento às consultas pré-natais, para a realização dos partos em segurança por meio do corte de transmissão vertical.
Aos meios de Comunicação Social solicitou uma maior divulgação da campanha “Nascer Livre para Brilhar”, com abordagens temáticas do corte de transmissão vertical, para que as pessoas que se encontram nesta condição estejam cada vez mais informadas e procurem por assistência médica e medicamentosa.
“A maior divulgação do programa vai despertar a atenção do público, bem como reduzir o estigma e a discriminação de pessoas que vivem com VIH na região, uma vez que muitas se furtam ao tratamento para fugir das barreiras sociais”, referiu.
A falta de informação, afirmou, as desigualdades de género, o estigma, as dificuldades no acesso às unidades sanitárias para o diagnóstico e tratamento do VIH, são apontadas como as principais causas que estão na base do aumento dos casos da doença no Huambo. A nível da província do Huambo, disse, 16.842 pacientes são assistidos em diferentes unidades sanitárias com a doença.
JA

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