O Governo angolano aprovou nesta segunda-feira (4) em Luanda, as medidas de apoio às empresas vandalizadas e pilhadas durante a greve dos taxistas para a rápida reposição dos stocks e manutenção dos postos de trabalho ameaçados.
Redacção
Esta garantia foi apresentada pelo Presidente da República, João Lourenço, na última sexta-feira (01/08), quando dirigia uma mensagem à Nação, na sequência dos actos de vandalismos, pilhagem e arruaças registado em Luanda e em algumas províncias do País.
Na ocasião, o Chefe de Estado, destacou que “o Executivo angolano decidiu aprovar, já nesta segunda-feira, medidas de apoio às empresas atingidas pela onda de vandalismo, com vista à mais rápida reposição de stocks e manutenção dos postos de trabalho ameaçados”.
Sobre os actos de vandalismo e pilhagem às empresas, agências bancárias, e a estabelecimentos comerciais privados, o Presidente João Lourenço, alertou que tais práticas só vêm desencorajar o investimento privado e, com isso, reduzir a oferta de bens e serviços e de emprego para a população angolana.
Vale recordar que o Titular do Poder Executivo, lembrou que a greve e as manifestações são direitos dos cidadãos, consagrados na Constituição e na Lei, quando se realizam com o fim único de reclamar direitos ou protestar contra eventuais incumprimentos ou violações desses direitos por parte dos poderes públicos ou entidades patronais, mas quando realizados fora desses marcos, constituem crimes puníveis e condenáveis.
“Vinte e três anos depois do fim do conflito armado e no ano em que o país comemora 50 anos da proclamação da sua Independência Nacional, não podemos aceitar nem tolerar mais dor e luto entre os angolanos”, declarou o Chefe de Estado.
A manifestação, que tinha como objectivo a reivindicação de direitos relacionados ao exercício da actividade de táxi em Angola, com destaque para o aumento do preço do gasóleo, deu lugar a uma onda de destruição de património público e privado, assalto e pilhagem a estabelecimentos comerciais, assim como ameaças e coacção aos cidadãos que pretendiam se apresentar ao trabalho com os meios próprios.

