
O Hospital Universitário de Luanda, em construção na zona da Sapu, município da Camama, em Luanda, com capacidade para 144 camas, vai estar concluído em finais de 2026, assegurou, terça-feira, ao Presidente da República, João Lourenço, a empreiteira da obra.
O Presidente João Lourenço deslocou-se, na manhã de ontem, por estrada, ao local em que está a ser erguida a infra-estrutura, para se inteirar do andamento das obras daquela unidade hospitalar afecta à Universidade Agostinho Neto (UAN).
No local, onde permaneceu cerca de uma hora, o Presidente da República recebeu informações detalhadas sobre aspectos gerais ligados ao hospital universitário, cujas obras tiveram início em Novembro do ano passado.
O futuro Hospital Universitário de Luanda, que deverá contar com tecnologia de ponta e diversas especialidades médicas, está a ser construído numa área de 18 mil e 100 metros quadrados, adjacente ao recinto do Campus Universitário da UAN. O director técnico e inovação do Departamento de Engenharia e Produção da Mitrelli, Hermenegildo Campos, informou que a segunda fase da obra prevê a interligação deste espaço com o Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto.
Uma das particularidades dessa unidade hospitalar, tal como avançou o empreiteiro, tem que ver com o facto de ser um hospital verde, que procura impactar o mínimo possível o meio ambiente, seguindo, deste modo, os padrões internacionais de sustentabilidade, aliando, assim, tecnologia e consciência ambiental.
Em termos de atendimento, o hospital está a ser preparado para atender anualmente cerca de 100 mil utentes.
Orçada em cerca de 99 milhões de dólares, o hospital universitário, cujas obras físicas estão a 11 por cento, vai contar, na sua grelha de serviços, com blocos operatórios, internamento, ambulatório e serviços multidisciplinares, com o foco sempre no ensino, investigação e assistência de alta qualidade.
Centro de Formação de Quadros para Ciência de Saúde de Angola
O reitor da Universidade Agostinho Neto (UAN), Pedro Magalhães, fez saber que a unidade hospitalar vai ser um centro de formação de quadros para todas as instituições de ensino superior do país ligadas à área das Ciências de Saúde.
“Uma vez resolvida a questão da infra-estrutura, certamente teremos uma unidade para diferenciação e capacitação dos técnicos, incluindo os nossos docentes”, declarou.
Apesar de ser um hospital universitário, Pedro Magalhães informou que a instituição vai estar, também, aberta ao público. “A medicina faz-se sempre quando há contacto permanente com as questões da população. A nossa ideia é prestar, também, assistência, ao mesmo tempo aliada à investigação científica de ponta”, reforçou.
O reitor da Universidade Agostinho Neto ressaltou que a construção do Hospital Universitário de Luanda representa um renovar de esperança no que diz respeito à criação de condições necessárias para uma formação de qualidade para os técnicos da área das Ciências de Saúde.
Em função disso, Pedro Magalhães disse estarem esperançosos em relação ao surgimento da unidade hospitalar. “Teremos uma unidade que servirá não para melhorar apenas a qualidade de ensino, mas, também, para a formação tanto graduada quanto pós-graduada dos nossos quadros. E, naturalmente, por via disso, poderemos apoiar outras instituições de ensino superior e unidades de saúde”, salientou o magnífico reitor da Universidade Agostinho Neto.