18 de Setembro, 2025

Os impactos severos que o continente enfrenta e poderá continuar a enfrentar mereceu o alerta por parte de Angola, esta quarta-feira, durante a abertura da 1301.ª reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.

O alerta que integra a perspectiva climática em todas as estratégias de prevenção de conflitos e de construção de paz no continente foi lançado pelo Representante Permanente junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Miguel Bembe.

 

A reunião presidida pelo também embaixador de Angola na Etiópia contou com 15 Estados-membros do CPS-UA, o comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança, representantes das Comunidades Económicas Regionais, mecanismos regionais e parceiros internacionais.

 

Na ocasião, o diplomata angolano explicou que as alterações climáticas funcionam como um multiplicador de riscos, agravando desigualdades, fragilizando economias e ameaçando a paz.

 

Disse também que apesar do continente contribuir com menos de 4% das emissões globais de gases com efeito de estufa lida com secas prolongadas, cheias devastadoras, perda de biodiversidade, deslocações forçadas e insegurança alimentar.

 

Por isso reiterou a posição a posição do Presidente da União Africana, João Lourenço, sobre a necessidade de operacionalizar o novo objectivo de financiamento de 1,3 mil milhões de dólares anuais até 2035, considerando-o um teste à credibilidade do sistema internacional e essencial para garantir uma transição energética justa e acessível aos países em desenvolvimento.

 

De acordo com o documento, o Representante Permanente junto da União Africana apelou, igualmente, a acções concretas e coordenadas entre os Estados-membros, sublinhando que a resposta de todos deve pautar pela inovação, solidariedade e liderança para reduzir riscos e proteger populações.

 

Acrescentou que este esforço conjunto permitirá reforçar a Posição Comum Africana e projectar uma voz unida nos próximos fóruns internacionais, incluindo a COP30, a Assembleia-Geral das Nações Unidas e o G20.

 

Por fim, defendeu o fortalecimento dos sistemas de alerta precoce e de resposta rápida para riscos climáticos e de segurança e o reforço da resiliência das comunidades através de políticas inclusivas, com foco na juventude e nas mulheres, a mobilização de financiamento sustentável e previsível para adaptação, mitigação e transição justa, e a promoção da cooperação regional na gestão de recursos naturais transfronteiriços.

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