Israel declarou hoje que o caso de genocídio que enfrenta, em que a África do Sul pede ao mais alto tribunal da ONU que ordene um cessar-fogo em Gaza, está “totalmente desligado” da realidade.
“A África do Sul está a apresentar ao tribunal, pela quarta vez, uma imagem que está completamente desligada dos factos e das circunstâncias”, disse o representante israelita, Gilad Noam, perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia.
Noam considerou que a guerra em Gaza é trágica, mas recusou que haja genocídio, “um crime cometido com o intuito de destruir, o todo ou uma parte de um grupo nacional, ético, racial ou religioso”, segundo a definição da ONU.
Israel tem em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 35.300 mortos em sete meses, segundo dados atualizados hoje pelo Ministério da Saúde do grupo extremista palestiniano Hamas.
O objectivo de Israel é eliminar os militantes do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza desde 2007, com as forças israelitas concentradas nas últimas semanas em Rafah, no sul do território.