Março 17, 2025

Os ataques norte-americanos no Iémen mataram “vários líderes houthis importantes”, informou hoje a Casa Branca, avisando o Irão, apoiante daquele grupo rebelde iemenita, “para não se intrometer”.

O Irão já respondeu condenando os ataques ‘bárbaros’ contra o Iêmen e advertiu que adotaria represálias contra qualquer ofensiva. Os militantes houthis, que controlam várias áreas do Iêmen, incluindo a capital Sanaa, afirmaram que os ataques americanos de sábado à noite ‘não ficarão sem resposta’.

Os ataques dos EUA de sábado tiveram como alvo “vários líderes houthis e eliminaram-nos”, explicou o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, em declarações à cadeia televisiva ABC.

Numa outra entrevista à Fox News, Waltz esclareceu que os ataques tiveram “uma força esmagadora”, num aviso ao Irão de que “já chega!”.

Os Estados Unidos atacaram vários bastiões houthis no sábado, incluindo a capital Sanaa, matando pelo menos 31 pessoas, incluindo crianças, de acordo com um relatório dos insurgentes hoje divulgado.

Ao anunciar os ataques no sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu o “inferno” aos “terroristas houthis”, após as suas ameaças contra o comércio marítimo e contra os interesses de Israel.

Trump exigiu também ao Irão que terminasse o seu apoio aos rebeldes houthis.

Entenda

Os houthis fazem parte do que o Irão chama de “eixo de resistência” contra Israel, que também inclui o movimento islamista palestino Hamas, o grupo libanês Hezbollah e as milícias do Iraque.

O grupo justifica as suas acções em nome da solidariedade com os palestinianos após o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em território israelense a 07 de outubro de 2023. Após a entrada em vigor, em 19 de Janeiro, de uma frágil trégua em Gaza depois de 15 meses de guerra, os houthis pausaram seus ataques.

Contudo, em 11 de Março, depois que Israel se recusou a permitir a entrega de ajuda humanitária a Gaza, anunciaram a intenção de retomar os ataques contra navios comerciais que passam pelas costas do Iêmen e que consideram vinculados a Israel.

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