Os mestres em Recursos Minerais e Ambiente António Messias e José Alexandre defenderam, ontem, em Luanda, a necessidade de se fazer aplicações e selecção de métodos geofísicos em projectos ambientais, de forma a beneficiar iniciativas que tenham impacto no bem-estar social da população.
Os académicos intervieram durante um encontro no campus da Universidade Agostinho Neto com estudantes da Faculdade de Ciências Naturais, com a finalidade de falar sobre a segurança e as implicações da exploração dos re-cursos naturais.
Segundo António Messias, em declarações ao Jornal de Angola, os estudantes foram munidos de conteúdos que os habilita a estarem preparados para investigações relacionadas com questões geo-ambientais.´
Para o especialista, o mau enquadramento de determinados projectos, ao longo dos séculos, tem levado o planeta terra a enfrentar diversas crises, como aquecimento global, terramotos, mudanças climáticas, seca, desertificação e outros desafios ambientais.
José Alexandre afirmou que a população mundial vai chegar a 9,6 mil milhões em 2050, e, na sua opinião, serão necessários quase três planetas do tamanho da Terra para proporcionar os recursos naturais indispensáveis para manter o actual estilo de vida da humanidade, pelo que se torna fundamental a aplicação de boas práticas ambientais em todos sectores e actividades profissionais, para potenciar o desenvolvimento sustentável.
O mestre considerou ainda que o meio físico estará seguro com a aplicação da legislação do meio biótico em projectos ambientais. “É importante não ameaçar as espécies raras ou habitats sensíveis, em áreas como parques ou reservas”.
António Messias espera que se faça sempre um en-quadramento legal das actividades e projectos para a população e povoamento de zonas mais recônditas do país. Explicou que a segurança do meio ambiente nas explorações dos recursos naturais passa pela selecção de projectos específicos, com identificação de áreas adequadas.
JA
