
O embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, Tulinabo Salama Mushingi, disse, terça-feira, existirem “fortes relações” entre os dois países, 30 anos após a sua elevação ao nível diplomático.
Falando por ocasião dos 247 anos da Independência do seu país, assinalados a 4 de Julho deste ano, o diplomata afirmou que a parceria entre os EUA e Angola “cresceu bastante”, fruto do empenho das lideranças dos dois Estados.
Referiu que hoje, enquanto se procura criar o futuro próspero compartilhado, os esforços dos EUA concentram-se em três pilares principais, designadamente prosperidade, boa governação e segurança.
A título de exemplo, Tulinabo Mushingi citou a inauguração da concessão do Corredor do Lobito, que o governo do seu país vai financiar com 250 milhões de dólares.
Disse tratar-se de um dos projectos de infra-estruturas mais importantes de Angola em termos estratégicos.
“Este é e será o maior e o primeiro investimento da DFC (International Devolopment Finance Corporation) em Angola e o primeiro investimento de um projecto ferroviário em África”, disse.
De acordo com o representante do Governo americano, o seu país está disposto a partilhar as lições aprendidas durante os 247 anos de Independência, particularmente no domínio da democracia enquanto sistema político que garante prosperidade e desenvolvimento sustentável.
Sublinhou que “a ponte do futuro é a ponte democrática”, mas que esta deve ser uma democracia que produza resultados positivos para o seu povo.
Por outro lado, disse, as democracias fortes beneficiam-se de transparências e responsabilidades e que, por essa razão, os EUA orgulham-se de apoiar o compromisso de Angola de erradicar a corrupção.
Avançou que a liderança de Angola na construção da paz e da estabilidade regional transatlântica tem como objectivo proteger o povo contra ameaças, quer da saúde pública, quer da instabilidade política ou do terrorismo.
No domínio da cooperação económica e investimentos, o diplomata lembrou que, actualmente, operam em Angola empresas americanas como a Chevron e a ExxoMobil, na área dos petróleos, e outras viradas para as energias renováveis, incluindo as centrais fotovoltaicas da Baía Farta e do Biópio, em Benguela.
Acrescentou que o investimento americano, em Angola, cobre ainda o sector das telecomunicações, através da operadora de telefonia móvel Africel, agora com 7,7 milhões de clientes, bem como o novo programa Afrimoney com 250 mil agentes, entre outras.
Para o embaixador, é prioridade do seu Governo construir um futuro sem barreiras entre os dois países durante os próximos anos bem como fortalecer a diplomacia comercial, a segurança e boa governação e melhorar o clima de negócios
ANGOP