O Presidente zambiano, Hakainde Hichilema, reafirmou, na sexta-feira, em Accra, capital do Ghana, a intenção do reforço da cooperação no sector Comercial entre Angola e a Zâmbia.
Falando durante um encontro de cortesia com o embaixador angolano no Gana, João Baptista Domingos Quiosa, o estadista zambiano reafirmou, igualmente, o seu agrado com a inauguração do Corredor do Lobito, visto que trará um grande benefício para os dois países.
Segundo uma nota da representação diplomática angolana no Ghana, citada ontem pela Angop, o chefe de Estado da Zâmbia participou, na noite de sexta-feira, num jantar oficial oferecido pelo seu homólogo ganês no quadro da visita oficial àquele país.
A cerimónia oficial de transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do corredor ao consórcio “Lobito Atlantic Railway”, formado pelas empresas Trafigura da Suíça, a Mota-Engil de Portugal e a Vecturis SA da Bélgica, decorreu na passada terça-feira e foi testemunhada pelo Presidente da República, João Lourenço, e seus homólogos das Repúblicas da RDC, Félix Tchisekedi, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema, respectivamente.
Com gestão privada, o Corredor do Lobito integra o Porto do Lobito, o Terminal Mineiro, o Aeroporto da Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).
Para a SADC, o corredor é visto como um importante meio de desenvolvimento da região, com benefícios para Angola e os países vizinhos (RDC e Zâmbia).
O Corredor do Lobito estende-se desde o Porto do Lobito, banhado pelo Oceano Atlântico, e atravessa Angola de Oeste a Este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
Abrange as áreas de mineração da província de Katanga, na RDC, e Copperbelt, na Zâmbia. O corredor representa a rota mais curta até um porto, a partir das áreas ricas em minerais da RDC e da Zâmbia.
As relações bilaterais entre Angola e a Zâmbia datam há mais de 40 anos, com a assinatura do primeiro acordo de cooperação económica, científica e técnica, em 1979.
No âmbito do reforço da cooperação bilateral, em Janeiro de 2023, Angola e Zâmbia assinaram seis instrumentos jurídicos, com destaque para a construção dos troços de ligações fronteiriças Jimbe (Angola)/Mwinulunga/Mapelenga/Sikongo (Zâmbia), vias que visam facilitar a circulação de pessoas e produtos dos dois países.