O “braço de ferro” entre a ala brasileira e angolana da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola que, reinava há vários anos, chegou ao fim por via de um acordo mediado pelo Estado e que reconhece o bispo Alberto Segundo como o único líder da instituição religiosa estabelecida no país em 1992.
Em comunicado de imprensa, a IURD informa que, tendo em conta “o esforço conciliatório do Estado Angolano e a necessidade de sarar algumas feridas decorrentes dos tumultos que tiveram lugar durante o conflito”, a organização passará a ser reconhecida como Igreja do Reino de Deus em Angola (IRDA).
“A Igreja em Angola continuará a adoptar, em total respeito pela lei e pelo esforço conciliatório do Estado Angolano, a doutrina religiosa que está na génese da sua criação em Angola”, acrescenta a mesma nota, citada pela Lusa, segundo a qual “todos os irmãos serão bem recebidos, com respeito e dignidade, como fiéis e membros”.
A agora denominada IRDA apela ainda aos seus membros “para cultivarem um espírito de união” e relação que “falará a uma só voz” através do seu líder Bispo Alberto Segunda.
A IURD em Angola mantinha um conflito há vários anos, com uma liderança bicéfala dividida entre a ala reformista, dita “angolana”, chefiada por Valente Bizerra Luís, e a ala “brasileira” da seita fundada por Edir Macedo, liderada actualmente pelo também angolano Alberto Segunda, que substituiu no cargo o brasileiro Honorilton Gonçalves, condenando a três anos de pena suspensa.
JA