A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) exorta as partes envolvidas no conflito na Faixa de Gaza, nomeadamente o Estado de Israel e o grupo palestiniano Hamas, a pautarem pela contenção, por considerar que a escalada das acções terá um impacto negativo e anulará os esforços da comunidade internacional na busca de uma paz e segurança sustentáveis no Médio Oriente.
O posicionamento da SADC consta de uma Declaração assinada pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de presidente em exercício da organização regional, na qual se alerta que os efeitos negativos do conflito levarão ao aumento do número de deslocados internos, em particular dos grupos vulneráveis de mulheres, crianças e idosos.
Neste sentido, a SADC pede, igualmente, à comunidade internacional no sentido de apoiar Israel e a Palestina com ajuda humanitária necessária, especialmente às vítimas e aos deslocados internos abrigados nos centros de refugiados ou de deslocados.
A organização regional pede às partes interessadas relevantes e à comunidade internacional no sentido de dialogar com os envolvidos no conflito, de modo a recorrerem à negociação na busca de uma resolução pacífica, em conformidade com as resoluções da ONU anteriormente adoptadas, reconhecendo a existência dos dois Estados.
A SADC manifesta, igualmente, profunda preocupação com a perda de centenas de vidas de pessoas civis inocentes em ambos os lados e a destruição de propriedades.
“Lamentavelmente, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral tomou conhecimento do ressurgimento do conflito entre Israel e a Palestina, agravando, deste modo, a situação de segurança entre os dois países”, refere o comunicado.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral é integrada por 16 países e Angola assume a presidência rotativa da organização durante um ano.
JA
