O administrador municipal da Banga, Leopoldo dos Santos, reivindicou na terça-feira a instalação dos serviços bancários no município e em outras localidades mais afastadas dos centros urbanos.
O administrador, que falava à ANGOP sobre a ausência de serviços bancários no município, indicou que esta situação esta a dificultar a vida dos funcionários e agentes económicos locais.
O problema agravou-se com o encerramento, há três anos, do balcão do Banco de Poupança e Crédito (BPC), no município de Samba Caju, a 55 quilómetros da sede municipal da Banga, que era tido com alternativa.
Para ter acesso a serviços bancários, os cidadãos, sobretudo, trabalhadores e comerciantes deslocam-se ao município de Ambaca ou à Ndalatando, sede da província, respectivamente, a 105 e 155 quilómetros.
No final do mês, os funcionários são dispensados para poderem fazer o levantamento do salário e muitas instituições ficam sem o atendimento ao público durante vários dias.
Esta situação, continuou, complica-se ainda mais devido às enchentes nos bancos, o que prolonga o período de ausência dos funcionários nas instituições.
A par da Banga, os municípios do Bolongongo, Quiculungo e Ngonguembo, também não possuem agência instituição bancária.
A província do Cuanza Norte conta, actualmente, com 24 agências bancárias dos bancos BPC, BIC, BCI, BAI, BFA, BCA, Económico, Atlântico e Sol, nos municípios de Ambaca, Cambambe, Cazengo, Golungo Alto, Lucala e Samba Caju.
A maior parte dos bancos está concentrada nos municípios do Cazengo, com nove agências, e Cambambe, com sete.
Até 2020, Cuanza Norte tinha 30 agências bancárias, número que reduziu para 24, fruto do encerramento de cinco dependências do BPC e uma do BCI, no âmbito do redimensionamento das redes de balcões destas instituições.
O município da Banga está localizado a 155 quilômetros a Norte de Ndalatando, sede da província do Cuanza Norte, e é habitado por cerca de 15 mil habitantes, distribuídos pelas comunas de Cariamba, Aldeia Nova e Caculo Cabaça.
ANGOP