O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, visita o país nos dias 25 e 26 deste mês, no âmbito de um périplo que tem em vista a reafirmação da parceria económica entre os EUA e África, em particular com Angola.
De acordo com uma nota divulgada pelo Departamento de Estado e partilhada pela Embaixada dos Estados Unidos em Angola, Antony Blinken começa o périplo no domingo, em Cabo Verde, passando pela Côte d’Ivoire e Nigéria, culminando em Angola.
Nos países por onde passar, o chefe da diplomacia norte-americana vai destacar como os EUA estão a investir em infra-estruturas em África para impulsionar o comércio bilateral, criar empregos a nível nacional e no continente.
Blinken, segundo ainda o documento, vai partilhar a pretensão dos Estados Unidos da América ajudarem África a competir no mercado global e mostrar como este gigante acelerou a parceria desde a Cimeira de Líderes EUA-África em áreas-chave, que incluem clima, segurança alimentar e sanitária.
Durante o périplo, serão promovidas parcerias de segurança baseadas em valores partilhados, como o respeito pelos direitos humanos, a promoção da democracia e a expansão do Estado de Direito.
“Ele reafirmará o compromisso dos EUA com os nossos parceiros costeiros da África Ocidental, através da estratégia para prevenir conflitos e promover a estabilidade, a parceria com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), para enfrentar os desafios regionais, bem como os seus esforços para apoiar a liderança africana na descalada das tensões e na adopção de soluções diplomáticas para o conflito no Leste da República Democrática do Congo”.
A Cimeira EUA-África, decorrida em Dezembro de 2022, em Washington, teve como ponto alto a promoção de um novo engajamento económico entre as partes, o reforço do compromisso dos EUA em relação à consolidação da democracia e dos direitos humanos em África, a mitigação do impacto da Covid-19 e futuras pandemias, bem como o fortalecimento da saúde regional e global.
Na época, foram abordadas questões como a “parceria para a Agenda 2063”, visão estratégica da União Africana para o continente, a necessidade de aprofundar o multilateralismo com a África para atender os desafios globais” e a “promoção da segurança alimentar e sistemas alimentares resilientes”.
A Cimeira ficou, igualmente, marcada pelo anúncio, pelos Estados Unidos, da disponibilização de vários milhões de dólares para apoiar diversos projectos em África. Ao discursar no encerramento do Fórum Económico, um dos pontos mais altos da Cimeira, o Presidente Joe Biden destacou, além de outras verbas, os 15 mil milhões de dólares em novos projectos no continente para melhorar a vida da população, a ser disponibilizado pelas instituições do seu país.
Além deste valor, disse estarem já disponíveis 500 milhões de dólares da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA, dos quais 370 milhões para novos projectos, 100 milhões para aumentar o acesso à energia limpa e confiável para milhões de consumidores na África Subsaariana, 20 milhões para financiar fertilizantes, principalmente para pequenos agricultores e mulheres agricultoras, 10 milhões para apoiar pequenas e médias empresas e ajudar no fornecimento de água potável.