O Estado vai privatizar, até Novembro, as suas participações no Standard Bank, na Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA) e na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva). No entanto, ainda não será este ano que a Unitel vai ser privatizada, com a sua alienação a ser ‘empurrada’ para o próximo ano.
Redacção
Segundo Ottoniel dos Santos, coordenador-adjunto da Comissão Nacional Interministerial para o Programa de Privatização (Propriv), até Novembro, o Estado vai alienar 34 por cento das 49 acções que possui no Standard Bank, cujos 24 por cento “para o accionista parceiro e 10 por cento em bolsa”.
Citado num comunicado do Governo, o coordenador-adjunto informou igualmente que, no mesmo período, o Estado vai privatizar 30 por cento dos 100 que detém na Bodiva e na ENSA. “Esta é a proposta que a comissão irá submeter à apreciação superior para poder seguir adiante”, indicou Ottoniel dos Santos, em declarações, esta Segunda-feira, no fim de um encontro da comissão, cuja orientação coube ao ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
Na ocasião, Ottoniel dos Santos clarificou que o “processo para a Bodiva será alienação, enquanto à ENSA pretende fazer-se uma privatização em bolsa”.
No encontro, que serviu para analisar o balanço do Propriv “até o último período, bem como a proposta de estratégia de privatização de um conjunto de activos ao longo deste semestre e do primeiro trimestre de 2025”, a comissão também fez uma apreciação da “proposta de optimização do processo de privatização” da Unitel.
Sobre este activo, o responsável adiantou que a sua privatização não acontecerá este ano, ‘empurrando’ a data para o segundo semestre do próximo ano.
“Segundo o coordenador-adjunto da comissão, a proposta está na ordem dos 15 por cento da participação que o Estado detém na Unitel e esta privatização deverá ocorrer até o início do segundo semestre de 2025”, lê-se no comunicado.
Além disso, o órgão também apreciou a “estratégia de privatização da participação indirecta do Estado no Banco Fomento Angola (BFA)”, tendo o responsável indicado que este activo será alienado até ao primeiro trimestre do próximo ano.
“Esta participação será alienada até o primeiro trimestre de 2025 e será feita numa dimensão de até 30 por cento da participação combinada do Estado e do parceiro accionista que detém no Banco Fomento Angola”, referiu, citado no comunicado.
Recorde-se que o Propriv foi alargado por mais três anos. A execução do programa estava inicialmente prevista para entre 2019-2022, mas acabou por ser alargado para o período entre 2023 e 2026.