O governo angolano pretende vender uma participação minoritária no Standard Bank de Angola, controlado por um antigo magnata dos seguros que cumpre uma pena de nove anos de prisão, segundo um decreto presidencial.
O Governo angolano confiscou uma participação de 49% no Standard Bank Angola em 2020 a Carlos São Vicente, que foi condenado por crimes como desvio de fundos e fraude fiscal.
O Presidente angolano, João Lourenço, aprovou a venda de 34% do Standard Bank Angola através de uma oferta pública inicial, de acordo com o decreto. O Estado manterá uma participação de 15% na instituição de crédito sedeada em Luanda.
O Standard Bank Group Ltd, a maior instituição de crédito de África, detém os restantes 51% e tem o direito de comprar uma participação adicional de 24% na sua unidade angolana através da OPI, de acordo com o decreto. O decreto não especificava quando é que a OPI se realizaria.
São Vicente, que foi condenado a pagar 500 milhões de dólares a Angola, foi uma figura-chave durante o final do mandato do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, que terminou em 2017. Durante esse período, liderou um grupo de empresas que vendia contratos de seguros à petrolífera estatal Sonangol e acumulou uma fortuna que lhe permitiu comprar a participação no Standard Bank Angola, entre outros activos.
A decisão de confiscar os seus bens está relacionada com as medidas tomadas pelo Presidente Lourenço para reprimir a alegada corrupção durante o governo do seu antecessor.
O Standard Bank iniciou a sua actividade em Angola em 2010.
AO24