Outubro 4, 2024

Banqueiro angolano é acusado de 18 crimes de abuso de confiança agravado — cinco dos quais em co-autoria — e cinco de branqueamento de capitais.

O ex-PCA do BESA, banqueiro angolano Álvaro Sobrinho, e o antigo líder do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, vão a julgamento por burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais, anunciou nesta segunda-feira, 15, a Justiça portuguesa.

A leitura da decisão instrutória pela juíza Gabriela Lacerda Assunção aconteceu na tarde de segunda-feira, 15, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, noticiou a agência Lusa. 

No debate instrutório, realizado no passado a 3 de Junho último, o Ministério Público (MP), pelas vozes das procuradoras Rita Madeira e Sandra Oliveira, pediu que Sobrinho e Salgado e outros três arguidos fossem levados a julgamento “nos exactos termos da acusação”.

Álvaro Sobrinho é acusado de 18 crimes de abuso de confiança agravado — cinco dos quais em co-autoria — e cinco de branqueamento de capitais. 

Já ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, foram imputados cinco crimes de abuso de confiança e um de burla qualificada, todos em co-autoria.

Este processo, recorda a agência portuguesa, baseia-se na concessão de financiamento pelo BES (Portugal) ao BESA (Angola), em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário e em descoberto bancário. 

Por força desta actividade alegadamente criminosa, a 31 de Julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

As vantagens decorrentes da prática dos crimes indiciados neste inquérito contabilizam-se nos montantes globais de mais de 5 mil milhões de euros e de 210,2 milhões de dólares, de acordo com a acusação do MP português.

Fonte: E&M

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