
A Procuradora-Geral da República (PGR) do Brasil acusou, terça-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e de ter concordado com um plano para matar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Redacção
Entretanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro volta a estar sob os holofotes. Desta vez, está a ser acusado pela Procuradora-Geral da República (PGR) do Brasil de ter liderado uma organização criminosa que planeava “atos nocivos” contra a democracia brasileira, segundo a Lusa.
E tinha um “projeto autoritário” de poder. Esse projeto envolvia uma tentativade golpe de Estado após as eleições de 2022 e um plano para matar o principal adversário e atual presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro foi, na terça-feira à noite, acusado dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Além de Bolsonaro, foram também acusados o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Braga Netto.
De acordo com a PGR brasileira, Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes e o atual presidente, Lula da Silva, por envenenamento.
As investigações ao caso “revelaram a aterradora operação de execução do golpe, em que se admitia até mesmo do próprio presidente da República e do vice-presidente da República eleitos, bem como a do ministro do Supremo Tribunal Federal”.
Segundo a Procuradoria-Geral da República do Brasil, Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes e o atual presidente, Lula da Silva, por envenenamento.
Segundo a imprensa local, a acusação terá agora de ser aceite pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O crime de golpe de Estado é punível com pena de prisão entre quatro a 12 anos, e o abuso de poder violento do Estado democrático de Direito entre três e oito anos de prisão.
A Polícia Federal brasileira, recorde-se, acusou formalmente o ex-presidente por conspirar para uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições em 2022.
O ex-presidente do Brasil foi acusado dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Através dos advogados, o ex-presidente mostrou-se “indignado” e “estarrecido” perante as acusações do Procurador-Geral do Brasil.
A defesa argumentou que não foi encontrado “nenhum elemento que conectasse minimamente” Bolsonaro “à narrativa construída na denúncia”.
Na tarde de terça-feira, antes da denúncia, Bolsonaro declarou, durante uma visita ao Congresso, que não estava preocupado com o caso.
“Não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”, afirmou o ex-presidente aos ‘media’ locais.
Se a denúncia for aceita pelo juiz Alexandre de Moraes, responsável pela análise do caso no STF, Bolsonaro e os outros arguidos poderão ser chamados a responder um processo penal.
O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou esta quarta-feira, através de seu advogado, estar indignado e estarrecido e também acusou o Procurador-Geral do Brasil de liderar uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado.