O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje estar “chocado” com o bombardeamento, em menos de 24 horas, de duas escolas administradas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina na Faixa de Gaza.
“Dezenas de pessoas – muitas mulheres e crianças – foram mortas e feridas quando procuravam refúgio nas instalações da ONU”, disse António Guterres, em comunicado, citado pela Lusa.
Segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, mais de meia centena de pessoas foram mortas num dos ataques na escola Tal Az Zaatar, em Beit Lahia, perto da fronteira com Israel, no extremo norte da Faixa.
A agência recordou que entre 7 de Outubro, dia em que começaram as hostilidades entre Israel e o Hamas, e 16 de Novembro, pelo menos 71 deslocados internos foram mortos e 573 feridos em ataques a abrigos da UNRWA em toda a Faixa de Gaza.
Na sua declaração, António Guterres insistiu na “inviolabilidade” das instalações da ONU no enclave palestiniano, onde centenas de milhares de pessoas procuram refúgio dos incessantes bombardeamentos israelitas e da intensificação dos combates.