Dezembro 3, 2024

A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, representa o governo angolano, em Roma, Itália, na Cimeira sobre Sistemas Alimentares+2, organizado pelas Nações Unidas.

O evento que reúne chefes de Estado, de Governo e seus representantes, Angola faz-se representar também pela embaixadora de Angola na Itália, Fátima Jardim, o coordenador Nacional dos Sistema Alimentares, Fernando André e técnicos séniores do Ministério das RelaçõesExteriores (MIREX).

Sob lema, “Transformação dos Sistemas Alimentares na Prática – Sucessos, Desafios e Caminhos a Seguir”, a Cimeira visa balancear os progressos registados e rever os compromissos de acção assumidos pela comunidade internacional nos últimos dois anos. 

De acordo com uma nota da Missão Diplomática de Angola na Itália chegada a ANGOP, a abertura do evento contou com a participação do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, da primeira-ministro de Itália, Giorgia Meloni, e de um grupo de chefes de Estado e de Governo, além de representantes de várias partes do mundo. 

Na sua intervenção, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu que o mundo está a ficar sem tempo para solucionar o problema da alimentação.

Para Guterres, há comida para alimentar a população, mas o problema reside na distribuição, e no facto de que os sistemas alimentares mundiais estarem a ser destruídos pelo desperdício de alimentos, o que cria dificuldades aos países em desenvolvimento de alimentar a sua população, instando por este motivo o mundo, a unir forças para encontrar soluções.

O chefe da diplomacia italiana António Tajani, tambem interveio no evento, lembrando que uma boa nutrição é um do direito humano, e que a inovação é essencial para melhorar a resiliência dos sistemas alimentares em todo o mundo.

Por esse motivo, acrescentou, a Itália pretende ser protagonista nesta jornada, colocando à disposição da ONU o trabalho que vem desenvolvendo no sector

Ao intervir no evento, a primeira- ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que o verdadeiro sentido da soberania alimentar é garantir que todos tenham a oportunidade de viver em paz nos seus próprios países.

Sobre África, diz não ser um país pobre justificando os mais de 50% das suas terras aráveis.

Por isso, defende que o mundo estabeleça um modelo de cooperação não predador que permita aos africanos viver bem com os próprios recursos.

Outros chefes de Estado e de Governo partilharam as suas experiências e mostraram caminhos para melhorar a situação actual dos sistemas alimentares mundiais.

O evento de três dias inclui um segmento de abertura de alto nível, três sessões de alto nível durante este primeiro dia, quatro sessões plenárias, vários diálogos de liderança, eventos especiais e eventos paralelos bem como uma sessão de encerramento de alto nível.

Sistemas alimentares, são uma complexa teia de actividades que envolve a produção, processamento, transporte, consumo e o descarte de alimentos. 

Às vezes, esses sistemas podem sofrer alguns desequilíbrios, como a falta de acesso a alimentos saudáveis e a oferta massiva de alimentos ultra processados, o que gera problemas na segurança alimentar que precisam ser solucionados.

Dai ter surgido a necessidade de as Nações criarem um sistema próprio para apoiar os países no seu processo de transformação.

ANGOP

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